Puthus num dia qualquer
27/04/2011 – terça-feira
Hoje quero falar de KC (Kátia Cilene), está grávida do puto do marido que a destratou no hotel. Vai ganhar em setembro, ela quer um menino, porque já tem três meninas, a primeira, a mais velha não é do marido, as outras duas são, ele quer um menino e KC vai ter mais um filho, apesar do tempo, do corpo, da grana e da psicologia dizer que não. Pra mim KC é caso de polícia. “Perturbação da ordem pública”.
Hoje dormi quase cinco da manhã. As nove uma mulher louca, Ana, grita no portão, a cachorra late, late, a mulher grita, grita, dinheiro do Avon, que saco, ainda fala de um produto que não recebeu a grana, ah, percebe que eu devo estar dormindo ainda. Entrega o dinheiro, subo as escadas no automático, com lucidez pra escrever um bilhete: A LIA ESTARÁ EM CASA APÓS AS 11 HORAS. (Lia é minha mãe).Desliguei o telefone e caí na cama. Minha mãe ficou fula, louca, quase me matou. Ela não percebe que todas essas mulheres enchem o saco. Essa mereca de dinheiro não enche a barriga de ninguém, a casa é dela, já ouvi essa ladainha mil vezes, ela só esqueceu que no inventário ¼ é meu também e por esse um quarto (é mesquinharia demais) eu coloquei o bilhete. Exigi silêncio, dormi, meu filho também, a cachorra ficou em paz. E agüentei a histeria de minha mãe depois. Um dia qualquer.
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